Antonino Dias, Herlane Franciele, João Carlos e Fagner são os quatro integrantes da Orquestra Criança Cidadã que passaram no curso de Bacharelado em Música no Vestibular 2012
Passada a euforia do vestibular nas universidades federais de Pernambuco, os resultados foram divulgados e a sensação de trabalho realizado ecoou pelos corredores da Orquestra Criança Cidadã. Os alunos Antonino Dias, 18, Herlane Franciele, 16, João Carlos Oliveira, 19, e Fagner Zumba, 20, foram aprovados no vestibular mais concorrido do Estado.Os garotos apostaram no curso de Bacharelado em Música e irão estudar suas especialidades: Herlane, violoncelo, João Carlos, percussão erudita, Antonino e Fagner, contrabaixo. Na preparação para o exame, todos frequentaram gratuitamente o cursinho pré-vestibular dos colégios Motivo e Panorama, além das aulas regulares na escola pública e no projeto.
Os alunos da Orquestra estavam participando de um ensaio com o maestro Lanfranco Marcelletti, na sede do projeto, quando receberam a notícia da aprovação. “Foi lindo quando eles ficaram sabendo que foram selecionados. Para eles, isso é o começo de uma nova fase” afirma o maestro. Lanfranco diz que essa é uma conquista dos alunos e dos professores que acompanharam e estiveram presentes em todos os momentos. “É importante lembrar também da coordenadora pedagógica, Janayna Mendes, pelo incentivo, apoio e dedicação total aos meninos”, completa Lanfranco.
Para Herlane, ser aprovada na UFPE foi uma grande conquista. “Chorei de felicidade quando soube. Eu estava com muito medo, concorri com alunos muito bons, com mais experiência do que eu e havia poucas vagas”. A violoncelista conta que, agora, está ansiosa com o início das aulas. O professor Fabiano Menezes acompanhou Herlane durante o período de preparação. “Nós escolhemos um material de estudo mais reforçado para trabalhar, e isso deu muito certo. Estou muito feliz, pois ela é como uma filha para mim”, diz Fabiano.
O estudante João Carlos ficou com a única vaga do curso de percussão erudita. Na ocasião, o jovem estava participando de uma especialização na modalidade musical, em Brasília. Ele mesmo conferiu a lista dos aprovados e comemorou a conquista com alguns amigos. “Quando soube que tinha passado, abracei meus colegas e depois liguei para minha família. Minha mãe quase não acreditava. Ela ficou muito feliz porque, na minha casa, ninguém tem curso superior”, afirma. O garoto pretende seguir a carreira acadêmica, fazer mestrado e doutorado e, um dia, ministrar aulas.
O professor Enoque Souza ensina percussão na Orquestra Criança Cidadã há dois anos e meio e ajudou João Carlos na preparação para o vestibular. “Nós praticamos um programa diferenciado com as músicas exigidas pela Universidade Federal de Pernambuco por dois meses”, conta o professor.
“Fiquei muito orgulhoso pela aprovação do meu aluno e acredito que essa vitória também é minha. O conselho que deixo para ele é que não desista, seja dedicado e continue agarrando as oportunidades que aparecerem”, comenta Enoque. O professor também admirou a força de vontade do garoto. “Nesse período, ele fazia curso intensivo no colégio Motivo, estudava à noite na escola e arranjava tempo para estudar no projeto. Ele soube conciliar bem todas as atividades e obter sucesso”.
O professor diz, ainda, que novos horizontes vão se abrir quando ele estiver na universidade. “Lá, ele poderá fazer bons contatos, pleitear uma vaga para algum intercâmbio e, mais do que nunca, é agora que a dedicação e o esforço serão decisivos para alcançar metas”.
OS CONTRABAIXISTAS DA ORQUESTRA
Os alunos da Orquestra Criança Cidadã Antonino Dias e Fagner Zumba ficaram com as duas vagas do curso de Bacharelado em Música no instrumento contrabaixo. Antonino viu o nome na primeira lista divulgada pela UFPE. Já Fagner não perdeu as esperanças e entrou após o remanejamento de alunos feito pela universidade.
Antonino Dias explica que uma de suas maiores dificuldades era a disciplina de História. “Eu resolvi balancear as matérias. Estudava as que tinha mais facilidade, mas, para compensar meu ponto fraco, não deixava as outras disciplinas de lado”.
Antonino e Fagner contaram com a ajuda do professor João Pimenta para estudar a parte prática da prova. Segundo Pimenta, o que mais lhe preocupava era o nervosismo dos alunos. “Pegamos as músicas que estavam no programa do vestibular e estudamos bastante. Hoje, estou muito feliz por ter cumprido essa primeira etapa junto com eles”.
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