O Telecentro do Núcleo do Coque da Orquestra Criança Cidadã recebeu, em 1º de junho, oito novos computadores, adquiridos por recursos direcionados pelo Ministério do Turismo, através do Sistema de Convênios (Siconv), no valor de R$ 26,6 mil. O assessor da coordenação geral da OCC, Matheus Soares, afirma que os equipamentos representam “a possibilidade de o projeto poder oferecer um bom nível [de instrução] para os alunos, contribuindo para sua formação musical e visando à profissionalização”.

Professor de Teoria Musical do núcleo, Manassés Bispo considera que o aporte promove uma maior viabilização do ensino de outras disciplinas aos alunos das Turmas Avançadas 1, 2 e 3: “Esses novos computadores, mais potentes e modernos, proporcionam uma solidificação na formação dos estudantes e eles são desafiados com atividades pertinentes às disciplinas através de um método que envolve tecnologias informáticas e que lhes preparam para a universidade, para concursos e para suas carreiras como músicos”.

No Telecentro, professor Manassés ministra conteúdos de Percepção Musical, Editoração Musical, Análise Musical e Harmonia. “Há, ainda, um trabalho de criação musical que perpassa por todas as disciplinas: os alunos compõem pequenas peças. Ter um computador para cada aluno da turma por aula significa que o professor pode acompanhar as atividades de maneira personalizada, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um”, analisa.

São 24 alunos avançados que frequentam as aulas de Manassés no Telecentro, tendo a maioria já encarado a experiência da composição musical através do software MuseScore, um trabalho que foi facilitado com a chegada dos novos computadores. Vários desses músicos integraram o concerto “Jovens Compositores da OCC”, recital online gravado em setembro de 2020, na Caixa Cultural Recife, e cuja segunda edição está prevista para 2023.

Jamesson Batista, monitor de fagote da OCC Coque, externa o sentimento de ter uma peça composta por si e praticada em conjunto com seus colegas. “É algo surreal, nessa prática, você poder ver todo o sentimento aplicado em cada compasso da música”, afirma o autor da Sinfonia inversa, para orquestra de câmara.

“Ainda precisamos de fones de ouvido, caixa de som amplificada para atividades específicas, TV grande para projeção etc., mas tivemos um avanço enorme. Além do mais, como é de praxe por aqui, podemos trazer para a OCC outras atividades inovadoras, através de parcerias com o Centro de Informática e o Departamento de Música da UFPE”, conclui Manassés.