Em uma iniciativa de incentivo e proteção à mulher, a Caixa Econômica Federal lançou, no dia 02 de agosto, o programa Caixa pra Elas. Em um evento especial na Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, a Orquestra Criança Cidadã participou do evento privado de lançamento para empregados do banco no Recife, com a presença da presidente do banco, Daniella Marques.

Pensando no mote do programa, a OCC levou à Caixa Cultural Recife um conjunto totalmente feminino, formado por um quinteto de cordas e duas percussionistas, regidas pela maestrina Karolayne Santos, que abrilhantaram o evento com “Xote das meninas” e “Sabiá”, de Luiz Gonzaga, e com o Hino Nacional Brasileiro.

O lançamento do Caixa pra Elas também foi prestigiado pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, e pelo ministro do Turismo, Carlos Gomes de Brito. A presidente e o coordenador geral da Orquestra Criança Cidadã, Myrna e João Targino, também estiveram presentes.

PRA TODAS AS MULHERES

A nova ação da Caixa inclui a oferta de espaços específicos para o público feminino dentro de suas agências, que garantirão o acolhimento e a proteção a pessoas em situação de violência. Além disso, as mulheres poderão encontrar educação financeira para o desenvolvimento de empreendimentos e também produtos e serviços bancários exclusivos.

Iniciativas como essa visam ao enfrentamento dos obstáculos que desafiam as brasileiras: o preconceito, a jornada dupla de trabalho e a falta de oportunidades no mercado. “Essa iniciativa reconhece que sobreviver como mulher no Brasil é difícil. Ser mulher e empreendedora é mais difícil ainda, porque sempre há um pensamento de dúvida a respeito da nossa capacidade de dirigir um negócio” observa Suzana Kemely, oboísta da Orquestra Criança Cidadã. Desde janeiro de 2022, a musicista tomou para si mais duas responsabilidades: correr atrás do sonho profissional de se tornar fisioterapeuta e se tornar empreendedora, vendendo sacolés para custear a faculdade.

Mas não apenas novas empresárias reafirmam a importância de acolher a mulher e destacar seu papel social. A maestrina Karolayne Santos, por exemplo, por mais que receba o apoio de outras mulheres em sua carreira, afirma que ainda falta muito a mudar. “Sentimos falta de figuras femininas em cargos de chefia, como spalla, chefes de naipe, maestrinas, coordenadoras musicais”, analisa. “É de extrema importância que as mulheres estejam exercendo cargos de liderança e de representatividade, não só como inspiração para outras, mas para garantir a igualdade de gênero no ambiente de trabalho e na sociadade”.

Karolayne também avalia que, pela discriminação com o gênero feminino vir de muitas décadas atrás, a falta de reconhecimento e mesmo a proibição de trabalhar, o destaque às profissionais femininas é especialmente necessário. “Iniciativas e grupos femininos são de extrema importância por historicamente estarmos lutando pelo nosso direito e espaço, para termos importância e relevância igualitária na sociedade”, resume.