Notícia que nós amamos publicar: o violista Luanderson Ferreira (22), monitor do Núcleo do Ipojuca e integrante da Orquestra Jovem Criança Cidadã, foi agraciado com um convite para ser aluno do programa Conservatório, da Nicholls State University, sob a responsabilidade do professor James Alexander. A instituição fica localizada na cidade de Thibodaux, Luisiana, Estados Unidos.

“[O convite] Está sendo algo bem bem marcante em minha vida. Tudo começou quando amigos meus que já estão lá na Universidade lembraram de mim porque o professor do programa estava precisando de violistas para completar uma classe do instrumento a ser iniciada no segundo semestre de 2023”, conta o músico. “Houve a indicação, mas também houve a avaliação. Enviei um vídeo para o professor James, ele assistiu, gostou da performance e logo depois entrou em contato comigo, perguntando se eu aceitava estudar com ele lá nos Estados Unidos. De imediato topei”, relembra.

Luanderson parte para os EUA ainda neste mês de agosto. O programa Conservatório terá duração de dois anos, permanência que pode se estender por mais quatro, já que existe a possibilidade de o violista ingressar em um bacharelado por lá. Além das aulas do instrumento, o jovem também estudará inglês e terá a oportunidade de tocar com a Nicholls Camerata, conjunto de câmara composto por membros do programa de cordas da universidade.

“Como músico, receber essa oportunidade de estudar fora do país, com um professor tão renomado, trará crescimento e experiência de grande importância para minha carreira”, afirma.


ARRECADANDO FUNDOS

Assim que aceitou o convite, Luanderson se deu conta de que não seria um processo fácil. Além de resolver toda a documentação e a viagem, vai precisar se manter por lá no período inicial. Desta forma, resolveu iniciar uma campanha virtual para arrecadar fundos e custear a realização de seu sonho.

“A bolsa lá é integral, mas todos os custos de documentação, de passagem, de hospedagem têm que ser arcados por mim. Então, estou promovendo uma vaquinha com a meta de pagar todo esse processo e possibilitar a minha viagem. O meu maior sonho é viver da música e viver para a música. Poder me encontrar na vida apenas fazendo música”, explica.

É possível contribuir com a campanha de Luanderson através do link www.vakinha.com.br/3874761, do pix da própria vaquinha 3874761@vakinha.com.br ou do pix pessoal do rapaz: 81991597933 - Luanderson Ferreira - Banco Santander.


UMA TRAJETÓRIA EXEMPLAR

Luanderson é da turma inicial do núcleo de Camela, inaugurado em 2014. Nascido no Cabo de Santo Agostinho e residente no Ipojuca, o músico não cansa de externar sua gratidão à Orquestra Criança Cidadã e aos membros e ex-membros do projeto. “Dentro da OCC, passaram diversas pessoas na minha vida: corpo docente, corpo administrativo… todas as áreas da orquestra foram muito importantes para minha vida e para o meu crescimento. Agora, como músico, as pessoas que mais influenciaram e mais acrescentaram à minha vida foram o professor Ademar Rocha e a professora Manoela Dias. Apesar de hoje eu estar na viola, foram pessoas que me fizeram iniciar no violino, ter os primeiros contatos com o instrumento. Sem sombra de dúvidas eu não poderia deixar de enfatizar o quão importantes eles são para mim, o quanto são pessoas que me transformaram”, emociona-se.

Entre os momentos de seus nove anos na OCC, Luanderson destaca duas viagens. A primeira foi para Brasília, uma apresentação do projeto na cerimônia de abertura da 11ª Cúpula do Brics, em 2019. “Solar uma peça na frente dos presidentes do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul é um marco e um momento incrível na minha carreira, sem sombras de dúvidas”.

A segunda é mais recente. No último mês de maio, a convite da Comunidade Obra de Maria, a Orquestra viajou para Israel como atração do 11º Congresso Internacional de Pentecostes na Terra Santa, que contou com as participações de grandes nomes da música católica e popular, como padre Reginaldo Manzotti, irmã Kelly Patrícia, padre Fábio de Melo e Elba Ramalho. “Estar naquela terra santa fazendo música e ter a oportunidade de viajar e conhecer um país, uma cultura e pessoas diferentes foi algo que marcou minha vida e só fez aumentar a minha consideração em relação ao trabalho que a orquestra realiza na vida dos jovens”, finaliza.